13/01/2013

Alegre tarde de tristeza



Era uma tarde quase noite, depois de pintar minha unha e assistir minha novela preferida, como a maioria das outras meninas da minha idade. A ansiedade de muita coisa criou a raiva e o estresse, nada e ninguém poderia me deixar com mais ódio. Cada voz, cada música, cada mensagem no telefone, me fazia ficar furiosa. Me tranquei no quarto, assim nenhuma pessoa poderia me irritar. Muito que a chave da porta resolve, quando se tem um número de celular que está adicionado em vários grupos de um aplicativo. 
Me levantei da doce e quente cama que estava me aguentando  Me dirigi até a porta, destranquei, e fui direto à cozinha pegar um copo com água bem gelada e cubos de gelo para acompanhar, aliás, isso sempre me acalmou, não era agora que essa deliciosa bebida iria me deixar para trás.
Voltei para o meu quarto, abri a janela e observei a parede da casa de trás, “poderia ter uma vista melhor” pensei. Imaginei um lindo jardim de flores, depois a imagem automaticamente passa para um show onde muitos pulavam e acompanhavam a banda. Aonde minha imaginação foi parar? 
Sentei em meu banquinho e desenhei coisas que nem eu mesma sei, só para tentar ficar alegre. Minutos se passaram e só apareciam rabiscos e nada mais, nem casas, ou florzinhas, corações, somente rabiscos. Lá se foi uma parte da minha vida jogada fora, e um papel indo para o lixo. 
Cansei daquela vida de desenhista, deitei em minha cama e imaginei coisas até cair no sono. 
Mais uma tarde de estresse vai embora convidando suas amigas para me visitar no outro dia, mas tudo bem, vou respeitar o meu destino. 





Juliana Orihuela

Nenhum comentário:

Postar um comentário